quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Cybersociedade: Os Geeks

Ao falarmos de cybersociedade, não podemos deixar de analisar um fenômeno muito importante devido ao contato direto e constante com a internet. Estamos falando da criação de um grupo, na maioria jovens, que possuem uma linguagem própria, um estilo visual único - esteriotipado -, além de frequentarem os mesmos lugares e participarem das mesmas atividades: os Nerds.

A palavra deriva de Northern Electric Research and Development (Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia Northern Electric do Canadá, hoje Nortel). Vale lembrar que vamos nos deter aos nerds relacionados com a informática, esses são conhecidos também como Geek.

Um Geek pode ser tão inteligente - cientificamente - quanto um Nerd, porém, em alguns casos, essa é uma condição adquirida, pois o empenho pela aprendizagem fazem com que eles tornem-se especialistas em suas respectivas áreas tecnológicas. Muitos deles preferem utilizar seus conhecimentos em benefício próprio, porque, geralmente, são muito conhecidos em seus núcleos sociais, seja positivamente ou negativamente, por serem, as vezes, exímios articuladores políticos, além de fazerem, frequentemente, debates eruditos.

A linguagem utilizada pelos geeks, o leet, deriva da palavra inglesa "elite", e deve ser entendida não como uma língua nova, mas uma forma de reescrever uma língua, ou ainda como um método de criptografia. Abaixo seguem exemplos:

53j4 b3M-vInd0 Ah wIKiPeHdI4, uM4 3nCIc10peHDi4 1iVR3 3 Gr47Ui74, pH3i74 p0R p35504z c0M0 v0CeH 3m M4iz d3 200 iDi0m4Z!

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Como tratado anteriormente, o geeks não criaram apenas uma nova forma de escrever a língua, mas também criaram programas de computador feitos para a própria destruição e caotização da rede: o vírus, o trojan - alusão ao cavalo de Tróia -, entre outros. Esses "problemas" servem como tentativa de mostrar um possível controle total deles através da web, sendo muitos, conhecidos como hackers.

Uma importante característica é a vontade em comum de jogos online, principalmente os MMORPGs, que são jogos de natureza fantástica em que criam um personagem com características próprias.

Outra diferença deles para os usuários comuns de internet é que estes, na maioria das vezes, não escondem suas identidades e mostram suas vidas abertamente em sites de relacionamentos, ou seja, extendem (não da maneira que são, mas que gostariam que fossem) suas vidas para o mar virtual; enquanto essa geração de nerds, por não apresentarem nenhuma semelhança entre o "indivíduo" real e o virtual, se passam como anônimos e "fictícios": possuem pseudônimos e muitas vezes são "assexuadas"; com isso a dificuldade de localização e identificação deles é enorme.

O aparecimento dessa tribo urbana - ou será virtual? - cresce tanto, que hoje já existe um seriado especificamente sobre eles, chamado The Big Bang Theory. Nesse seriado é retratada a vida de alguns geeks esteriotipados, mostrando suas características comuns. Segue um pequeno trecho de um episódio:

(Ajuda do Wikipédia)


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Vergonha Universitária

Acho que hoje será o dia em que os gritos serão mais silenciosos dos ultimos 4 anos dentro da Universidade Federal de Viçosa, ironicamente, uma dia depois da data histórica que foi a consagração do Reitor Luis Cláudio, que foi eleito com a participação expressiva de mais de 6500 votos dos estudantes.

Na disputa pelo DCE da UFV, duas chapas concorreram. O que representa um grande salto, uma vez que há anos, não tinha oposição. "Mudança" e "Avante!": esta queria dar continuidade ao trabalho bem feito nos ultimos 4 anos, enquanto aquela queria mudar, fazer um DCE com a cara do estudante, um DCE que acreditasse na diversidade dos estudantes. Muito bom para o Movimento Estudantil.

Mas o movimento estudantil em Viçosa pode ser dividido em dois: o movimento estudantil para a massificação desenfreada do corpo discente que acham interessante o imenso número de festas e desinteressante aqueles que se empenham em tentar construir um espaço melhor para nós (estudantes) mesmos, assim, acreditam que a função do DCE é prestar serviços para a realização de festas "- A única coisa que o DCE fez de bom foi trazer a Hocus Pocus!"; e o Movimento Estudantil (ME) que acha interessante construir um nicho sócio-político-cultural através de debates, manifestações culturais, pressões contra os mandachuvas da UFV, afim de conscientizar e "cidadanizar" a, dita, elite intelectual brasileira.

Entristece-me muito saber que uma chapa - Mundaça - que quer transformar a Marcha Nico Lopes, que tem carater político, em um carnaval fora de época. Entristece-me muito essa mesma chapa achar a solução para um dos nossos maiores problemas, que é a fila do Restaurante Universitário, está na colocação de um toldo para que não apanhemos sol ou chuva, mas que contuemos 30 minutos na fila. Ou chegar ao ponto de brigar para que os estudantes que pesquisam em lugares abertos, ganhem protetor solar. Que colocam como um problema "gritante" dentro da Universidade o fato de não termos um campo de Rugby. Mais triste que isso é utilizar um discurso vazio, sem propostas, que só ficava na crítica ao atual DCE.

O que me deixa feliz é saber que o nosso grupo e os estudantes, que são muitos, acreditam no trabalho de se fazer um DCE com a cara do estudante de Viçosa e não de BH ou de outros lugares, como aconteceu com a chapa eleita, preferindo deixar esse povo de fora que tem retórica - mas não conhecem nossa realidade - falar, e os bobos da chapa que não sabem nem o mínimo aceitável de ME escondidos em casa. Acreditamos na diversidade dentro da Universidade tendo apoio de diversos orgãos culturais, além de centros e diretórios acadêmicos, prova disso é um número superior a 50 pessoas na chapa sendo de mais de 20 cursos diferentes; ao contrário da outra que só tem apenas 4 estudantes do Centro de Ciências Humanas (CCH).

Mas nada melhor que um discurso vazio para mentes vazias. Acho que os estudantes e a chapa eleita - sim, a "Mudança" ganhou com expressivos 1800 votos - se merecem. Até quando pão e circo sempre será a melhor opção?

Doravante, Avante!

Sempre lutando.


domingo, 2 de novembro de 2008

Hambúrgueres Sensacionais de cada dia

Engraçado como temos facilidade de nos apegar em alguma coisa, mas na maioria das vezes, de forma passageira. Falo isso pelos acontecimentos recentes de minhas jornadas. Tinha tempos que não comia hambúrguer feito por minha própria pessoa em minha [nossa {tem o Léo e o Ruy}] casa. Não é a primeira vez que tenho um surto hamburguístico desses, em todas as quatro casas que morei em Viçosa foi assim. A diferença maior se dá na preparação do mesmo. Antes era um pão e um hambúrguer, quando muito, tomate e cebola. Sempre acompanhado do bom e velho catchup. Agora a variedade é tamanha que as vezes esquecemos de algo da composição ou mesmo dá para fechar o hambúrguer de forma educada, de tão grande. No prato de hoje (não me refiro ao que explodiu no micro-ondas) tinha além do pão com gergelim, requeijão, tomate, cebola e alho fritos, azeitona com milho e molho tártaro, ovo, bacon, o hambúrguer e barbecue [posso estar esquecendo de alguma coisa]. A minha pergunta é: até que dia farei hambúrguer? sei que é passageiro como sempre foi, mas sei ,que no futuro, terei vontade de fazer.

Ciclos fazem parte de qualquer vida. São poucas as coisas perenes nessa grande jornada. O mais difícil é saber. Mas pior é quando já se sabe e não sabe porque ainda tem medo de saber.