quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Fim de ano

Aproveitar a data religiosa/festiva pra desejar, hipocritamente, um Feliz Natal e um próspero Ano Novo a todos os leitores e não leitores desse blog.

Também avisar que o mesmo ficará entregue as baratas, por um período indeterminado, em decorrência das férias. Em vez de publicar textos idiotas aqui, estarei na praia em Cabo Frio ou Arraial do Cabo, conversando com amigos de longas jornadas.

See yaaa

domingo, 7 de dezembro de 2008

Histórias de um Radiohediano

Existem acontecimentos que, por mais que estejamos preparados, aparecem de forma surpreedente e, de certa forma, irreal. É normal que a ficha demore a cair, uma vez que essas coisas só acontecem uma vez em nosso tempo útil de vida pra fazer doideras impensáveis - que o cartão de crédito que se vire em ajeitar.

A expectativa era grande, mas fiquei um pouco pé-atrás, por que algumas vezes, como havia lido, eles teriam falado que viriam, mas acabaram não vindo.

Começou quando um dos integrantes da banda disse que queriam vir ao Brasil. Até então nada que pudesse causar um rebuliço nos fãs - vide parágrafo acima - nem em mim. Só que, inesperadamente, Bruno Policarpo, me solta aquelas palavras impactantes: "Radiohead está confirmado no Brasil!". Antes que ele pudesse respirar, eu comecei a fazer um turbilhão de perguntas desnexas e alógicas, ele assustado e desorientado com aquele brainstorm apenas disse: "tá aqui ó (e me mostrou a tela do pc da secretaria do DCE com a notícia)", mas já era tarde. Telefonemas - Marcello, Alisson, Laguna, Léo, L. Felipe... - a informação foi correndo e o espanto que tive sendo repetido pela fala de cada pessoa que avisava.

Semana se passa e dia após dia o site do Radiohead era "F-cincado" esperando a data e o preço do bendito show. Suficiente para me imaginar no camarote, sentado, comendo petiscos e bebendo uma coca; ou lá na grade esticando a mão pedindo uma paleta; ou na fila um dia antes sendo filmado pela Globo pulando igual aquele povo de torcida organizada do Corínthians (Túlio filha da puta); ou vendo Léo ficar de cueca enquanto eles tocavam Jigsaw; entre outras situações que não cabe prolongar.

Aí que mais uma vez, indo trabalhar na secretaria do DCE, vejo o mesmo Bruno, sentado no mesmo pc falando: "Ow... já saiu a data do show!". Antes que ele pudesse respirar, eu comecei a fazer um turbilhão de perguntas desnexas e alógicas, ele assustado e desorientado com aquele brainstorm apenas disse: "tá aqui ó (e me mostrou a tela do pc da secretaria do DCE com a notícia)", mas já era tarde. Telefonemas - Marcello, Alisson, Laguna, Léo, L. Felipe... - a informação foi correndo e o espanto que tive sendo repetido pela fala de cada pessoa que avisava. Déjà vu.

Dias se passaram com o ingresso "come soon" lá, acertado pro dia 5 de dezembro o começo das vendas. Suciente para colocar no despertador às 23:50 do dia 4 um lembrete, apesar que seria mais fácil eu colocar como lembrete: respirar, beber água.

Mas, outra vez, todo meu esforço em saber da informação através da minha dedicação acaba num toque do meu celular, para ser mais preciso, com a música do Super Mário, com L. Felipe me avisando que já estavam a venda os ingressos. Dessa vez eu não liguei para todos avisando, fui inconscientemente egoísta, apressei Luísa a ir mais rápido (já estava a caminho de casa) e em poucos minutos estava em frente ao pc comprando meus ingressos, após alguns problemas e-burocráticos finalizei a compra e respirei aliviado.

Faltam 103 dias para o show. Em breve, outras histórias do show mais esperado de todos os tempos, para mim.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Cybersociedade: Os Geeks

Ao falarmos de cybersociedade, não podemos deixar de analisar um fenômeno muito importante devido ao contato direto e constante com a internet. Estamos falando da criação de um grupo, na maioria jovens, que possuem uma linguagem própria, um estilo visual único - esteriotipado -, além de frequentarem os mesmos lugares e participarem das mesmas atividades: os Nerds.

A palavra deriva de Northern Electric Research and Development (Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia Northern Electric do Canadá, hoje Nortel). Vale lembrar que vamos nos deter aos nerds relacionados com a informática, esses são conhecidos também como Geek.

Um Geek pode ser tão inteligente - cientificamente - quanto um Nerd, porém, em alguns casos, essa é uma condição adquirida, pois o empenho pela aprendizagem fazem com que eles tornem-se especialistas em suas respectivas áreas tecnológicas. Muitos deles preferem utilizar seus conhecimentos em benefício próprio, porque, geralmente, são muito conhecidos em seus núcleos sociais, seja positivamente ou negativamente, por serem, as vezes, exímios articuladores políticos, além de fazerem, frequentemente, debates eruditos.

A linguagem utilizada pelos geeks, o leet, deriva da palavra inglesa "elite", e deve ser entendida não como uma língua nova, mas uma forma de reescrever uma língua, ou ainda como um método de criptografia. Abaixo seguem exemplos:

53j4 b3M-vInd0 Ah wIKiPeHdI4, uM4 3nCIc10peHDi4 1iVR3 3 Gr47Ui74, pH3i74 p0R p35504z c0M0 v0CeH 3m M4iz d3 200 iDi0m4Z!

53_| 4 8 3|\/| -\/ ! |\| |) 0 4 |-| \|/ ! |< ! |> 3|-||) ! 4, |_| |\/| 4 3|\| ( ! ( 10|> 3 |-| |) ! 4 1! \/ .- 3 3 6 .- 47|_| ! 74, |> |-| 3! 74 |> 0.- |> 355042 ( 0|\/| 0 \/ 0( 3 |-| 3|\/| |\/| 4! 2 |) 3 200 ! |) ! 0|\/| 42 !!1!11!!!11SHIFTONE!!1!!1SHIFTPLUSONE!!1!!!ONEONEONE!!11!1!!1

Como tratado anteriormente, o geeks não criaram apenas uma nova forma de escrever a língua, mas também criaram programas de computador feitos para a própria destruição e caotização da rede: o vírus, o trojan - alusão ao cavalo de Tróia -, entre outros. Esses "problemas" servem como tentativa de mostrar um possível controle total deles através da web, sendo muitos, conhecidos como hackers.

Uma importante característica é a vontade em comum de jogos online, principalmente os MMORPGs, que são jogos de natureza fantástica em que criam um personagem com características próprias.

Outra diferença deles para os usuários comuns de internet é que estes, na maioria das vezes, não escondem suas identidades e mostram suas vidas abertamente em sites de relacionamentos, ou seja, extendem (não da maneira que são, mas que gostariam que fossem) suas vidas para o mar virtual; enquanto essa geração de nerds, por não apresentarem nenhuma semelhança entre o "indivíduo" real e o virtual, se passam como anônimos e "fictícios": possuem pseudônimos e muitas vezes são "assexuadas"; com isso a dificuldade de localização e identificação deles é enorme.

O aparecimento dessa tribo urbana - ou será virtual? - cresce tanto, que hoje já existe um seriado especificamente sobre eles, chamado The Big Bang Theory. Nesse seriado é retratada a vida de alguns geeks esteriotipados, mostrando suas características comuns. Segue um pequeno trecho de um episódio:

(Ajuda do Wikipédia)


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Vergonha Universitária

Acho que hoje será o dia em que os gritos serão mais silenciosos dos ultimos 4 anos dentro da Universidade Federal de Viçosa, ironicamente, uma dia depois da data histórica que foi a consagração do Reitor Luis Cláudio, que foi eleito com a participação expressiva de mais de 6500 votos dos estudantes.

Na disputa pelo DCE da UFV, duas chapas concorreram. O que representa um grande salto, uma vez que há anos, não tinha oposição. "Mudança" e "Avante!": esta queria dar continuidade ao trabalho bem feito nos ultimos 4 anos, enquanto aquela queria mudar, fazer um DCE com a cara do estudante, um DCE que acreditasse na diversidade dos estudantes. Muito bom para o Movimento Estudantil.

Mas o movimento estudantil em Viçosa pode ser dividido em dois: o movimento estudantil para a massificação desenfreada do corpo discente que acham interessante o imenso número de festas e desinteressante aqueles que se empenham em tentar construir um espaço melhor para nós (estudantes) mesmos, assim, acreditam que a função do DCE é prestar serviços para a realização de festas "- A única coisa que o DCE fez de bom foi trazer a Hocus Pocus!"; e o Movimento Estudantil (ME) que acha interessante construir um nicho sócio-político-cultural através de debates, manifestações culturais, pressões contra os mandachuvas da UFV, afim de conscientizar e "cidadanizar" a, dita, elite intelectual brasileira.

Entristece-me muito saber que uma chapa - Mundaça - que quer transformar a Marcha Nico Lopes, que tem carater político, em um carnaval fora de época. Entristece-me muito essa mesma chapa achar a solução para um dos nossos maiores problemas, que é a fila do Restaurante Universitário, está na colocação de um toldo para que não apanhemos sol ou chuva, mas que contuemos 30 minutos na fila. Ou chegar ao ponto de brigar para que os estudantes que pesquisam em lugares abertos, ganhem protetor solar. Que colocam como um problema "gritante" dentro da Universidade o fato de não termos um campo de Rugby. Mais triste que isso é utilizar um discurso vazio, sem propostas, que só ficava na crítica ao atual DCE.

O que me deixa feliz é saber que o nosso grupo e os estudantes, que são muitos, acreditam no trabalho de se fazer um DCE com a cara do estudante de Viçosa e não de BH ou de outros lugares, como aconteceu com a chapa eleita, preferindo deixar esse povo de fora que tem retórica - mas não conhecem nossa realidade - falar, e os bobos da chapa que não sabem nem o mínimo aceitável de ME escondidos em casa. Acreditamos na diversidade dentro da Universidade tendo apoio de diversos orgãos culturais, além de centros e diretórios acadêmicos, prova disso é um número superior a 50 pessoas na chapa sendo de mais de 20 cursos diferentes; ao contrário da outra que só tem apenas 4 estudantes do Centro de Ciências Humanas (CCH).

Mas nada melhor que um discurso vazio para mentes vazias. Acho que os estudantes e a chapa eleita - sim, a "Mudança" ganhou com expressivos 1800 votos - se merecem. Até quando pão e circo sempre será a melhor opção?

Doravante, Avante!

Sempre lutando.


domingo, 2 de novembro de 2008

Hambúrgueres Sensacionais de cada dia

Engraçado como temos facilidade de nos apegar em alguma coisa, mas na maioria das vezes, de forma passageira. Falo isso pelos acontecimentos recentes de minhas jornadas. Tinha tempos que não comia hambúrguer feito por minha própria pessoa em minha [nossa {tem o Léo e o Ruy}] casa. Não é a primeira vez que tenho um surto hamburguístico desses, em todas as quatro casas que morei em Viçosa foi assim. A diferença maior se dá na preparação do mesmo. Antes era um pão e um hambúrguer, quando muito, tomate e cebola. Sempre acompanhado do bom e velho catchup. Agora a variedade é tamanha que as vezes esquecemos de algo da composição ou mesmo dá para fechar o hambúrguer de forma educada, de tão grande. No prato de hoje (não me refiro ao que explodiu no micro-ondas) tinha além do pão com gergelim, requeijão, tomate, cebola e alho fritos, azeitona com milho e molho tártaro, ovo, bacon, o hambúrguer e barbecue [posso estar esquecendo de alguma coisa]. A minha pergunta é: até que dia farei hambúrguer? sei que é passageiro como sempre foi, mas sei ,que no futuro, terei vontade de fazer.

Ciclos fazem parte de qualquer vida. São poucas as coisas perenes nessa grande jornada. O mais difícil é saber. Mas pior é quando já se sabe e não sabe porque ainda tem medo de saber.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

(Re) Born

Sempre ví a Primavera como a Primeira estação. Acho que pelo motivo óbvio de constante (re) nascimento que ela tráz pra natureza, ou pela cores primárias que percebemos no ar, diferente das outras estações, ou ainda ao próprio nome Prima que pode vir do latim primariu (primeiro). Incoscientemente, meu corpo aflora também um espírito de mudança.

Acho que essa é a primera vez que percebo essa relação. Já passei por grandes bons-momentos, mas também por acontecimentos que nem sempre gostamos de (re) lembrar. Mas não é somente em decisões ou atitudes que esses meses me influenciam. Além de ser uma época de (re) pensar sobre tais decisões e atitudes, vejo presente no meu próprio corpo mesmo, em pequenas coisas, muitas vezes insignificantes pra mim, mas que causam algum rebuliço nos outros.

De pouco tempo pra cá, estou passando os dias a base de Tom Yorke, Bjork, Radiohead e Pink Floyd. Bandas até bem batidas, até aí nada de renovação, mas por me levar ao introspectivismo ou ao emsimesmamento, ou seja, elas servem como (re) criação das minhas vãs e superficiais teorias.

Teorias que na verdade são apenas auto-defesa para poder aguentar o meu fluxo constante de pressão sobre minhas ações, nada que Freud não explique...

Ainda bem que em seguida vem o Verão, sim... o verão, bom velhão. Vamos ver o que ele me traz na sacola do seu meio amigo Noel. Não espero muita coisa, pra falar a verdade, nunca quis receber tanta "paz, saúde e felicidades" como sempre me davam todos os parentes, amigos e até estranhos.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Nascimento de Dom Ramon da Bolandeira


Nascido do coração de Pandora,
Por Palas Athena abençoado.
Nas terras do novo-mundo mora,
Mas tem no Mundo seu nome atado.

Da alquimia do Bruxo do Cosme-Velho
Surge o Cavaleiro da Esperança,
Tendo como princípio, o seu trabalho:
Sua Fé erguida na ponta de sua lança.

Sua honra vale mais que sua própria vida.
Seu lema único, forjado em seu peito
Na forma da única Flor que o sustenta.

"O Dom da Fala que o conduzirá!"
Doravante, o vocábulo c'mo leito
de Glória, mas também de seu Ofício.

domingo, 12 de outubro de 2008

Apenas mais um

Nem sempre escolhemos as coisas, pra ser sincero, quase nunca escolhemos nada. Duvida?! Quando nos damos conta do que está acontecendo – não só conosco, mas com tudo que nos rodeia – é que percebemos de que não tomamos proporção dos acontecimentos que ocorrem no dia-a-dia, das ligações sociais, das ligações amorosas, das ligações profissionais, de toda essa teia digital e real que nos cerca e que nos cerca, de tal maneira, que não conseguimos nos desprender com a facilidade que nossa pseudo-liberdade e domínio da nossa própria vida acha.

Achamos que somos independentes e que somos capazes de escolher sozinho nossas decisões, não levamos em conta esses mesmos círculos que já citei, não levamos em conta a nossa covardia ao tentar criar as nossas possibilidades de conquistas, sempre acabamos nos recuando para aquilo que é mais estável e seguro, aprisionando a nossa mente e no nosso pequeno micro-espaço. Aí fugimos.

Tentamos imaginar soluções para a nossa covardia, tentamos provar para os outros – mas principalmente para nós mesmos – que “somos fortes”, que “nada nos derruba” e que “sempre damos a volta por cima!”. Acha realmente?! A volta sempre termina embaixo, embaixo da nossa própria miséria, embaixo da nossa própria desgraça, embaixo do remoto controle que temos.

A tristeza é diretamente proporcional a nossa idade. Crescemos e reconhecemos que não passamos de apenas mais um. Que nossa geração não será marcada por nada, não será lembrada por nada e que nem nossos bisnetos saberão nossos nomes. Numa sociedade em que se precisa se encaixar em estilos pré-fabricados, podemos ser considerados personas? Podemos ter nossas ofuscadas idiossincrasias, mas todas girando em elípses que já foram institucionalizadas pelo sistema. O que será preciso para isso mudar? Talvez o Apocalipse? Talvez um Fightclub, Tyler Durden, será você o novo messias? Já repararam como apenas fazemos perguntas? Mas não perguntas questionadoras ou reflexivas, fazemos perguntas diretas e objetivas: aonde isso se aplica? Isso serve pra que? qual a resposta? O Homem (que se fodam as feministas) não é uma máquina e não tem que agir como tal, há perguntas que não se podem ser respondidas num caderno e há ações que acontecem, sem explicação lógica ou exata.

Simplesmente a roda gira, a diferença é que nós não estamos dentro dela, mas por onde ela passa. Somos esmagados pela nossa capacidade de criação científica, deixando de lado valores simples. Nossa humanidade é recriminada dentro das prórpias instiuições do saber. Nossos sonhos são destruídos dentro da nossa própria casa, nossa personalidade se esvai ao entrarmos no voraz mundo capitalista. A culpa é de quem? “Um mentiroso, um advogado, um espelho – me mostre qual é a diferença?”