segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Fogão de seis bocas assa uma boa bacalhoada à portuguesa




Existem algumas máximas dentro do futebol. Uma delas, do técnico Muricy Ramalho que diz assim: "a bola pune". Mas pra entendê-la, precisa conehecer outras como por exemplo: "entrou de salto alto". As duas se completam.

Vasco entrou em campo e os torcedores já gritavam "é campeão", com 10 minutos de jogo, se perguntavam quem faria 3 gols dessa vez. O Vasco era favorito, tem um melhor elenco que o Botafogo. Contudo, o "futebol se decide dentro das 4 linhas".

Numa final de Taça Guanabara nada mais cabível que o "clássico é clássico". O Rei do Rio pegou um desacreditado Botafogo e devagar, como um bom mineirinho - que ele não é - foi arrumando "a espinha dorsal" da Estrela Solitária.

Sem nenhum questionamento a cerca de arbitragem, mas com uma ressalva sobre a PM que fechou um lado do Maracanã destinado ao Botafogo e simplesmente disse que era pro Vasco, precisando ir o Montenegro - ex presidente do Botafogo - de bermuda e sandalhas conversar pessoalmente com o Comandante da PM e liberar em seguida o setor amarelo do Maior do Mundo. Lamentável a falta de respeito com os torcedores que compraram o ingresso e foram barrados até então. Independente do time que torcem.

Pelo menos já estavam todos no Estádio para comemorar o gol do Fábio Ferreira. Todos sabem que o placar de 1 x 0 é muito perigoso, enquanto Joel esbravejava "está zero a zero!", o Vasco ainda acreditava e cantava: "O Vasco é o time da virada" e começou de fato a virar ao avesso os jogadores do Botafogo. Abreu afundou a nau portuguesa.

Vasco alcança seu objetivo de vice. E o Botafogo, de acordo com a mídia, está a espera de quem será o Campeão do Rio em 2010. Mídia essa que teve que engolir a seco o pseudo-título do Alvinegro. Não poderão estampar o chororô que tanto amam.

Vale lembrar que o presente dado pelo Vasco: o tão famoso fogão de 6 bocas com uma ave dentro - só não foi um frango, mas sim um urubu - acabou assando uma boa bacalhoada, pois, como dizia meu saudoso (e vascaino) avô: "ao vencedor, as batatas", bem temperadinhas com salsa e cumbia para encorpar o peixe. O mestre (não o mestre sala) cuca (não o técnico) Natalino mostrou "ter estrela".

O futebol vive de máximas, se tornando até clichê. Hoje, tivemos mais um capítulo comum de um século de existência.

Em finais, Botafogo 7 x 0 Vasco. Podem ficar com o troco, pra ganhar o freguês.

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